Há um tempo que não é lá um tempo assim atrás (ou talvez é porque o tempo passa rápido e as vezes não nos damos conta) quando vc queria falar com alguém, que morava longe ou não, vc mandava carta e geralmente mandava aquela carta com um textão imenso e acredite: quem recebia lia palavra por palavra porque se sentia feliz em saber que recebeu uma carta por quem se importava com ela. E vai pensando que certa chegava rápido. Nada, mas chegava e quem recebia mesmo com a demora se sentia feliz em saber que tem alguém que se importa com ela e manifestou isso nas palavras escritas à mão no pedacinho de papel.
Passou-se os anos e veio o telefone, que só fodão tinha porque a linha era cara e tal. Mas tinham orelhões espalhados em todo canto onde quem quisesse mostrar importância por alguém ia lá e ficava na fila, que geralmente não era pequena, e ligava pra pessoa que se importa. Não dava pra falar mto porque foi como citei, a linha era cara, mas receber uma ligação de alguém que nela tá mostrando importância é algo muito especial.
Passou-se os anos e veio a internet, outra que no início era lerda e nem todo mundo tinha, mas tinha a lan house que quem quisesse mandar algo pra alguém pra mostrar importância ia lá, pagava um valor X e mandava, e mandava no email porque redes sociais veio um tempinho depois, e mesmo quando veio a internet era algo que nem todos tinham em casa.
Hoje, depois de anos, e longos anos se vc (que não sou eu) acompanhou certinho o tempo passar temos internet praticamente em todo lugar, acesso a internet na palma da nossa mão pelo celular ou tablet, diferente de antes que vc tinha que ir à caça de um computador e ficar dependente dele ou em pé no telefone, ou um bip (nossa, citei ele) pra falar com uma pessoa a distância, seja lá grande ou pequena. Hoje tudo tá mais fácil, bem mais fácil que as pessoas só não vão atrás de quem dizem se importar porque não querem. E digo mais: vendo tudo que citei aqui, formas de comunicação vem aquele ditado popular de que quem quer dá um jeito e quem não quer dá uma desculpa.
*Por Renata Martins
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